segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O que é isso, companheiro?

 
Tamanho: 698 MB
Audio: Português
Legenda: S / L
Formato: AVI | DVDRip
Qualidade de Video: 10
Qualidade de Audio: 10
Duração: 1h 46min
Genero: Drama – Naciona
 Este filme de Bruno Barreto tem poucos méritos,  pois descreve de maneira pouco fiél  as cerca de cinqüenta  páginas do livro de Fernando Gabeira de titulo homônimo dedicadas ao que houve durante o seqüestro do Embaixador Norte Americano no Brasil Charles Elbrick durante a ditadura militar. De início confesso que senti uma certa repulsa em ver Fernando Cardoso, Mateus Nasthergali entre outros globais interpretando o que seriam Flankin Martins e Fernando Gabeira na vida real, difícil de  imaginar esses rostos tão ligados à comédia, ao entretenimento banal sendo torturados com choques nas regiões genitais, sendo queimados com pontas de charutos, tendo seus testículos esmagados, vendo seus familiares sendo torturados, sendo chutados a todo momento, deixados sem comer por dias, com os olhos vermelhos por conta da areia nos olhos, sendo massacrados , etc e muitos etc.. Confesso que também senti raiva no acompanhamento da trilha sonora, principalmente quando esta serviu para mostrar o lado humano dos torturadores. Tadinhos, também tinham seus problemas familiares e emocionais, no filme quase chega a dar pena de um deles quando diz que não dorme a noite.  O espectador mal avisado dos ocorridos durante a Ditadura Militar no Brasil pode ter  a impressão de que houve de fato uma guerra de igual para igual, que o Estado tirava queda de braço com o MR8 e a ALN por exemplo no mesmo patamar, como  se o aparato repressivo não fosse pura e simplesmente o braço,  a mão e o cérebro do mesmo. Ora, não haveria então crimes de Estado? Não haveriam então arbitrariedade nas execuções sumárias? A tortura era então legítima? Dá nojo a parte que o oficial do exército diz que faz parte de uma operação paralela, como se houvesse então aparatos repressivos que não estavam ao alcance dos olhos do governo ditatorial.  Historiadores competentes puderam verificar que essa foi apenas mais uma falácia que os milicos( que nunca foram anistiados pela esquerda) tentaram impor à  semi-auditoria dos fatos( porque os arquivos  dos órgãos ditatoriais ainda não foram totalmente expostos ). Chega a ser um crime também, apesar de ser um filme e não um documentário não mostrar o que aconteceu depois do seqüestro quando os integrantes do MR8 e da ALN foram descobertos, presos e torturados(alguns até a morte  lenta e dolorosa).O filme deixa à imaginação do expectador esses pormenores quando mostra Maria ( interpretada por Maria Fernanda Candido)  e Paulo( Fernando Cardoso) muito mais magros, fisicamente delibitados, Maria chega mesmo a ficar paraplégica durante a tortura. É certo que  o filme é chocante quando mostra Paulo(Fernando Gabeira)  no pau de arara. Mas ver alguém pendurado falando com mais um Global deixa a desejar  a publicação dos requintes de crueldade já exaustivamente detalhados por elementos de esquerda , intelectuais, políticos, documentários e filmes sérios nos seus propósitos. Claro que a tortura deixaria a desejar a crueldade policial de Tropa de Elite por exemplo, claro que descrever apenas  cinqüenta páginas de um livro muito bem escrito mostram apenas uma parte do que aconteceu, uma parte do que foi exposto,e claro que de  uma ótica suspeita, afinal, enquanto pessoas lutaram contra a ditadura sob condições que eles no seu tempo histórico acharam viáveis e justas a rede Globo mostrava para o Brasil um Brasil verde, amarelo e azul, azul da cor do mar.  Mar que ainda abriga corpos de opositores ao regime militar. Quando teremos  muitas opções de bons atores para filmes não globais e não parcialmente corrompidos por mentiras?
                                                                                                                           (resenha própria)

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