quinta-feira, 1 de março de 2012

Noite Boa - Uma Outra estação

noite longa, noite amiga, da janela posso ver, da janela do meu quarto, que refletem os relampagos dos clarões da minha mente, noite fria, noite boa , vem o vento balançar as cortinas do meu cabelo. das lembranças do soluço da saida que tu trazes. se ouço as ondas bater nas pedras, penso nos meus pes pisando a areia fria como se tornou a tua pele.e os nossos sonhos , nossos castelos de areias , que resistiu ao meu sorriso de criança, não esperou nem que o sol se retirasse, e desmoronou, um lamaçau de areia fria feito o meu coração incredulo sem forma, e sem vontade apenas esperando novas ondas que o carregue e o dissolva nas profundezas do mar salgado. noite boa, noite esperança, de longe entendo a intenção do seu halito quente, mas saiba que quero estar a mirar de longe as luzes da cidade, da janela ouço seu canto de chuva e de fertilidade e me esqueço, nesse verão distante, da janela do meu quarto tento esqueçer que meus passos foram ontem percorrer sinuosas curvas de ilusão. noite boa, mas noite triste que percorreu a praia abandonada nua usada e suja pelos banhistas, percorreu as faces pontiagudas das pedras, e a expressao disformes da areia pisada, que percebeu qualquer coisa funebre na lua refletida na espuma das ondas, e veio aqui me perguntar, mas antes dizer... noite boa, noite louca, olhou pra mim, pras minhas rugas de cansaço, para os meus pés sujos de areia, e viu que eu a fitava sem pressa , ignorando a sede... e entendeu e foi embora pra junto do mar profundo me lançar relampagos nos céus e ficamos assim. noite boa, noite boa.

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